Texto Original Caplan Neves Encenação e Espaço Cénico João Branco Interpretação Caplan Neves, Janaina Alves, Lisa Reis
Aconselhamento Artístico Isabel Barros
Apoio movimento e manipulação Micaela Soares, Vítor Gomes
Assistente de encenação Edson Fortes Produção (Portugal) Sofia Carvalho Desenho de luz Filipe Azevedo Criação de marionetas Ester Monteiro Coordenação de construção João Pedro Trindade Figurinos Fernando Morais (Cabo Verde), Cristina Gil (Portugal) Desenho e Confecção de Figurinos (marionetas) Claudia Ribeiro, Marlene Rodriguez Vídeo Henrique Mello Fotografia Queila Fernandes e Susana Neves
Coprodução Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo (Cabo Verde), Teatro de Marionetas do Porto, Teatro Municipal do Porto, Festival Internacional de Marionetas do Porto
60ª Produção Teatral do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo.
O ESPETÁCULO
Um funcionário público molha os pés numa praia calma, tranquila e deserta, quando é surpreendido por uma velha mendiga cadavérica, desdentada e cheirando a álcool, que se apoderou de seus sapatos. À respeitosa cordialidade com que procura recuperar o bem, a velha retribui com indecifrável postura, que progride da obstinação rabugenta à sádica malvadez. À perplexidade do homem, ante o que atribui à crueldade gratuita de uma desconhecida, se opõe a determinação da velha em forçar uma “confissão sincera” de uma ofensa anterior.
Numa era orientada para a teatralidade, onde o jogo de fantasias mediáticas e as cores histriónicas com que se enfeitam banalidades quotidianas embaçam as fronteiras entre “verdade” e “mentira”, estará a razão de um dos lados, no meio ou em lugar nenhum?